Lisboa, 22 de março - Durante 2021, o desemprego de longa duração na Zona Euro pode atingir, no terceiro trimestre, os 6,6 milhões, o que representa um aumento de cerca de 38% face ao que se verificava antes da pandemia de Covid-19 (4,8 milhões), com expectativa de um ligeiro decréscimo para os 6,5 milhões no final do ano de 2021, estima a Euler Hermes, líder mundial em seguro de créditos e acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A.
O estudo “Covid-19 one year on: 1.8 million additional long-term unemployed in Europe”, publicado a 5 março, sugere que, perante a expectativa de uma retoma económica lenta e gradual, a par de uma recuperação tímida dos mercados de trabalho da Zona Euro durante o próximo ano, existe um risco acrescido de que o choque cíclico no mercado de trabalho se torne estrutural, com os números do desemprego a estabilizarem-se num nível elevado.
A análise do acionista da COSEC revela que, no total, há agora 13,7 milhões de desempregados na Europa, 1,8 milhões desde fevereiro de 2020, o início da pandemia. Este último valor, embora considerável, não tem em conta os “desempregados invisíveis” – os que não estão registados como desempregados junto das autoridades oficiais de cada país. É também necessário considerar que – e apesar da forte quebra no crescimento económico em todos os países – o aumento expectável do desemprego foi significativamente atenuado pelos programas de apoio à preservação do emprego implementados pelos Governos. A Euler Hermes estima que, só nas quatro maiores economias da Zona Euro, estes programas tenham protegido 25 milhões de postos de trabalho no imediato pós-pandemia.
Portugal: a incerteza sobre o impacto da Covid-19 na destruição de emprego.
O estudo do Banco BPI, também acionista da COSEC, publicado a 3 de março, revela que, no caso de Portugal, em janeiro deste ano, o impacto da pandemia fez aumentar a taxa de desemprego para 7,2%, contrariando a tendência de queda dos meses anteriores. De acordo com a análise, trata-se uma subida de 2,7% da população desempregada face ao período homólogo, que registava uma taxa de desemprego de 6,8% – valores em linha com os verificados antes do surgimento da pandemia.
Este estudo mostra ainda que a população empregada caiu em janeiro face ao mês homólogo (-3.5%), tendência que se verifica há 12 meses consecutivos. Em simultâneo, e pelo segundo mês consecutivo, o emprego caiu em cadeia (-1.7%, ou -79,000 indivíduos), alargando a distância face ao registado antes da pandemia (-3.1% face a fevereiro 2020). No primeiro mês do ano, a população empregada atingiu um total de 4 687 200 pessoas, inferior ao registado em fevereiro 2020 em cerca de 151 400 pessoas.
O agravamento das consequências provocadas pela pandemia, o lento processo de vacinação e as incertezas das empresas quanto ao futuro são as principais causas apontadas para este aumento. O mesmo estudo refere que as medidas de apoio ao emprego estão a ser um suporte crucial para o mercado de trabalho, mas prevê que o término das mesmas poderá resultar numa taxa de desemprego de 9,1% no final de 2021, podendo este cenário ser atenuado com o prolongamento e reforço das medidas de apoio ao emprego e economia, entretanto anunciados pelo Governo português.
Lisboa, 22 de março - Durante 2021, o desemprego de longa duração na Zona Euro pode atingir, no terceiro trimestre, os 6,6 milhões, o que representa um aumento de cerca de 38% face ao que se verificava antes da pandemia de Covid-19 (4,8 milhões), com expectativa de um ligeiro decréscimo para os 6,5 milhões no final do ano de 2021, estima a Euler Hermes, líder mundial em seguro de créditos e acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A.
O estudo “Covid-19 one year on: 1.8 million additional long-term unemployed in Europe”, publicado a 5 março, sugere que, perante a expectativa de uma retoma económica lenta e gradual, a par de uma recuperação tímida dos mercados de trabalho da Zona Euro durante o próximo ano, existe um risco acrescido de que o choque cíclico no mercado de trabalho se torne estrutural, com os números do desemprego a estabilizarem-se num nível elevado.
A análise do acionista da COSEC revela que, no total, há agora 13,7 milhões de desempregados na Europa, 1,8 milhões desde fevereiro de 2020, o início da pandemia. Este último valor, embora considerável, não tem em conta os “desempregados invisíveis” – os que não estão registados como desempregados junto das autoridades oficiais de cada país. É também necessário considerar que – e apesar da forte quebra no crescimento económico em todos os países – o aumento expectável do desemprego foi significativamente atenuado pelos programas de apoio à preservação do emprego implementados pelos Governos. A Euler Hermes estima que, só nas quatro maiores economias da Zona Euro, estes programas tenham protegido 25 milhões de postos de trabalho no imediato pós-pandemia.
Portugal: a incerteza sobre o impacto da Covid-19 na destruição de emprego.
O estudo do Banco BPI, também acionista da COSEC, publicado a 3 de março, revela que, no caso de Portugal, em janeiro deste ano, o impacto da pandemia fez aumentar a taxa de desemprego para 7,2%, contrariando a tendência de queda dos meses anteriores. De acordo com a análise, trata-se uma subida de 2,7% da população desempregada face ao período homólogo, que registava uma taxa de desemprego de 6,8% – valores em linha com os verificados antes do surgimento da pandemia.
Este estudo mostra ainda que a população empregada caiu em janeiro face ao mês homólogo (-3.5%), tendência que se verifica há 12 meses consecutivos. Em simultâneo, e pelo segundo mês consecutivo, o emprego caiu em cadeia (-1.7%, ou -79,000 indivíduos), alargando a distância face ao registado antes da pandemia (-3.1% face a fevereiro 2020). No primeiro mês do ano, a população empregada atingiu um total de 4 687 200 pessoas, inferior ao registado em fevereiro 2020 em cerca de 151 400 pessoas.
O agravamento das consequências provocadas pela pandemia, o lento processo de vacinação e as incertezas das empresas quanto ao futuro são as principais causas apontadas para este aumento. O mesmo estudo refere que as medidas de apoio ao emprego estão a ser um suporte crucial para o mercado de trabalho, mas prevê que o término das mesmas poderá resultar numa taxa de desemprego de 9,1% no final de 2021, podendo este cenário ser atenuado com o prolongamento e reforço das medidas de apoio ao emprego e economia, entretanto anunciados pelo Governo português.
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