Insolvências crescem quase 12% até maio

24 de junho de 2024

No mês de maio, 206 empresas entraram em insolvência em Portugal, o que representa um crescimento de 4,6% face ao mesmo mês de 2023, de acordo com os dados da Allianz Trade em Portugal.

Já nos primeiros cinco meses do ano, e segundo os dados da líder em Seguro de Crédito, o País registou 1026 insolvências, o que reflete um aumento de 11,8% face ao mesmo período do ano anterior.

Os distritos de Porto e de Lisboa são os que, no acumulado do ano, registam maior número de insolvências. No distrito do Porto 289 firmas entraram em insolvência até maio, o que representa uma subida de 38,4% quando comparado com os primeiros cinco meses de 2023. Já no distrito de Lisboa, 187 companhias entraram em insolvência, um crescimento ligeiro de 3,3% face ao período homólogo.

O distrito de Braga surge na terceira posição no acumulado do ano, com 144 empresas em situação de insolvência, mais 19% que até maio do ano passado.

Em termos geográficos, em maio, a tendência no registo de insolvências continua a ser verificada em maior escala nos grandes centros urbanos do Porto - que registou, até ao mês de maio, 289 insolvências, o que representa um crescimento acumulado de 38,9%-, seguido de Lisboa, sendo que foi registado maior número de insolvências em ambos os distritos face ao período homólogo.

Os distritos de Guarda, Évora e Santarém registaram o maior crescimento acumulado até maio.

Por outro lado, e tendo em conta a dimensão, os dados da Allianz Trade em Portugal revela que as micro e pequenas empresas, com um volume de negócios inferior a 500 mil euros, até maio, continuaram a registar o maior número de insolvências,. Os setores dos serviços, da têxteis e construção foram os que registaram os valores mais elevados em termos de insolvências no mês de maio.

“As projeções da Allianz Trade indicam que, à escala mundial, as insolvências devem aumentar neste ano de 2024. As estimativas divulgadas no final do primeiro trimestre apontam que Portugal, embora deva registar a uma subida face ao período pré-pandémico, está num patamar categorizado como nível baixo. Contudo, é necessário ter em conta que, países como a Alemanha, França têm um potencial mais elevado para insolvências, assim como a Espanha, que poderá sofrer uma aumento significativo das insolvências. Mas, por outro lado, o Banco Central Europeu desceu, no início deste mês, as taxas de juro pela primeira vez desde 2019, embora a inflação ainda este acima do objetivo do banco central, o que são boas notícias para empresas e famílias”, afirma Nadine Accaoui, Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva da Allianz Trade em Portugal.