Relatório sobre Vendas e Fundo de Maneio 

04 de abril de 2024

2023, um ano recorde em termos de prazos de pagamento globais e necessidades de financiamento das empresas.

·         WCR global aumentou em +2 dias para 76 dias em 2023, pelo terceiro aumento consecutivo.

·         O DSO global aumentou em +3 dias para 59 dias em 2023, o maior salto desde 2008.

·         De acordo com a Allianz Trade, uma queda de -1pp na rendibilidade poderia aumentar os prazos de pagamento em mais de +7 dias para as empresas europeias.

Allianz Trade lançou o seu mais recente relatório sobre os Dias de Vendas Pendentes (DSO, na sigla em inglês) e as Necessidades de Fundo de Maneio (WCR, na sigla em inglês) a nível mundial. Neste documento, a principal seguradora de crédito do mundo analisa a evolução das condições de pagamento e das necessidades de financiamento das empresas em 2023, com uma abordagem global, regional e por setores.

Um aumento global e generalizado das Necessidades de Fundo de Maneio pelo terceiro ano consecutivo

As Necessidades de Fundo de Maneio (WCR) globais aumentaram pelo terceiro ano consecutivo, atingindo 76 dias de volume de negócios (+2 dias face a 2022), impulsionadas por um crescimento económico mais suave e por custos operacionais e de financiamento mais elevados. Apesar das diferenças de dinâmica, o aumento prolongado das Necessidades de Fundo de Maneio manteve-se generalizado nas principais regiões económicas.

“Em termos gerais, metade dos países da nossa amostra registou um aumento nas Necessidades de Fundo de Maneio em 2023, e dois em cada cinco ultrapassaram a média global, nomeadamente a França (+5 dias) e a Alemanha (+5) na Europa Ocidental, e a China (+3) e o Japão (+3) na região da Ásia-Pacífico. A WCR atingiu 81 dias no final de 2023 na Ásia-Pacífico (+2 dias), 69 dias na Europa Ocidental (+1 dia) e 70 dias na América do Norte (+1 dia). Além disso, 34% das empresas registaram Necessidades de Fundo de Maneio superiores a 90 dias de volume de negócios no 4.º trimestre, em comparação com 32% e 36% no 4.º trimestre de 2021 e no 4.º trimestre de 2022, respetivamente”, afirma Maxime Lemerle, Lead Analyst for insolvency research at Allianz Trade.